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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Israel - Jerusalem e Eilat



Jerusalem Israel Western Wall
Muro das lamentações (western wall)

Feche os olhos por um minuto e concentre-se nos sons. De um lado sinos católicos do outro o chamado muçulmano e no meio destes um silencio vindo das sinagogas judias... Isto é Jerusalém.

Aproveitamos a proximidade da fronteira com a Jordânia e cruzamos o território pela ponte Aqaba/Eilat.  Do lado Jordaniano a travessia foi marcada pela cara de tédio da policia jordaniana onde tivemos que bater nos guichês fechados para sermos atendidos. Já no lado israelense o ritmo foi bem diferente marcado pela eficiência, simpatia e as perguntas normais que todo oficial de fronteira costuma fazer.
Israel
Eilat e o mar vermelho

Da fronteira seguimos de táxi até a cidade de Eilat onde ficamos um dia para curtir o mar vermelho e tomar o ônibus da Egged Tours no outro dia logo cedo para Jerusalém.
O ônibus é simples e confortável e nos deixou na rodoviária central da cidade depois de 4,5h. Daqui fica a opção de tomar o trem de superfície logo em frente a rodoviária por +/- 7 NIS ou 40 NIS pelo Taxi até a porta de Jaffa.
Encaixamos a viagem a Israel em cima da hora e aproveitamos muito as ótimas dicas da Carol Guelber do blog Vicios de viagem (clique no nome para acessar o blog). Com isto conseguimos aproveitar a cidade mesmo durante o Yom Kippur, um dos feriados judeus mais importantes.
Ficamos no The Jerusalem hostel, simples mas bem localizado e de lá pudemos conhecer a cidade histórica e a maioria dos pontos turísticos a pé.
Israel
Pinturas nas paredes das casas do lado árabe de Jerusalem celebram a partida de um ente querido a Meca
 Não somos fãs de passeios guiados, mas em Jerusalém recomendamos o New Jerusalem SandmansFree Tour (clique no nome para acessar o site) pois irá te dar uma boa idéia da história e boas dicas de como se locomover pela cidade. O centro antigo é compacto mas as ruas são estreitas e difíceis de se localizar, como resultado, você facilmente irá rodar em círculos até chegar onde procura. A cidade também é conectada pelos telhados e muitos destes caminhos são utilizados como atalho pelos locais.
Israel
Jerusalém, ruas desertas durante o feriado de Yom Kippur (19:30 hrs)...

Israel
... e pouca coisa mudou no dia segiunte (16:00 hrs)

Lembra que comentamos sobre o Yom Kippur (dia do perdão)? Bom este feriado é muito comemorado em Israel, pois marca o período de reflexão judaico sobre as falhas cometidas durante o ano e a cidade literalmente para por dois dias. Deixa eu me explicar melhor: Restaurantes, mercados, transporte público, pontos turísticos, tudo fechou e a cidade a partir das 15:00hrs ficou parecendo cenário de filme catástrofe onde tudo foi evacuado restando apenas dois personagens na rua, eu e a Déia...
Israel
Igreja da Natividade em Belem

Desta forma, aproveitamos a “evacuação” de Jerusalém para visitar a igreja da Natividade em Belém. O local que fica em território palestino não é afetado pelos feriados judeus e pode ser alcançado usando o ônibus 21 que sai da frente da porta de Damascus (lado árabe). Pelo caminho já se nota as diferenças das cidades além do muro que separa Israel e a Cisjordânia. Ao descer do ônibus encaramos uma caminhada de 15 minutos até a igreja com uma irritante abordagem dos taxistas oferecendo corridas aos pontos turísticos.
Israel
Belem e a tumultuada entrada na gruta da natividade
A igreja é simples e tem mosaicos no piso protegidos por portas de madeira que te levam até o altar. Dali há uma pequena entrada pelo lado direito até a gruta que é marcada por uma estrela de 14 pontas no piso.
Infelizmente não pudemos aproveitar muito a visita pois o local é bem pequeno e estava lotado de tours. A equação é simples: muita gente junta em local apertado gera problemas na certa, e foi aqui que presenciamos uma briga entre dois guias que disputavam a entrada da gruta com direito a gritos e tumulto para todo lado. Ainda assim vale a visita afinal é o local onde acredita-se ter nascido  Jesus.
Voltamos a Jerusalém com o mesmo ônibus, mas antes da entrada em território Israelense o ônibus parou no Check point e todos precisaram mostrar identificação. Por isso fica a dica: leve sempre seu passaporte, pois ele é essencial para voltar a Jerusalém!
Israel
Via Dolorosa com as marcas de cada estação

No dia seguinte aproveitamos para caminhar pela Via Dolorosa que hoje fica quase toda na parte árabe de Jerusalém. O local é marcado por sinais e igrejas em cada um dos XIV pontos, finalizando na igreja do Santo Sepulcro que é o ponto mais sagrado da terra para os católicos.

Israel
Igreja do Santo Sepulcro
Esta igreja tem uma longa história de construção, destruição e reformas que começa em 70 d.C  com o Imperador Adriano e até vai até 1872 com o tratado de Berlim que mapeou cada milímetro do local e definiu regras para sua conservação. Hoje é propriedade compartilhada entre os greco-ortodoxos, armênio-ortodoxos, católicos romanos,copta-ortodoxos egípcios,etíope-ortodoxos e os sírio-ortodoxos.
Altar e fenda para tocar a rocha Gólgota
Igreja do Santo Sepulcro fenda para tocar a rocha Gólgota

É neste local que em 326 d.C, Helena mãe do imperador Constantino I identificou a rocha Gólgota, local onde Jesus foi crucificado e a tumba Anastasis que acredita-se ser onde Jesus foi enterrado. O local contém uma arquitetura um pouco confusa em vários níveis onde no térreo fica a pedra  da unção e o santo sepulcro, no nível superior há uma linda decoração com uma fenda que permite aos fiéis tocarem a pedra da Gólgota e no nível inferior esta a capela de Santa Helena, onde acredita-se que Helena achou a cruz onde Jesus foi crucificado. Reserve um tempo para visita mesmo que os sacerdotes ortodoxos maus humorados tentem expulsa-lo(a) do local. 
Jerusalem Israel
Igreja do Santo Sepulcro, pinturas em frente a pedra da Unção

Não importa suas crenças religiosas, é quase impossível ficar indiferente ao visitar Jerusalém. A cidade antiga está dividida entre os moradores muçulmanos, judeus, armênios e católicos e abriga os principais pontos de peregrinação de cada religião. 
Separados pelo coração Israel
Jerusalém - "juntos mas separados pelo coração"

Os moradores dividem os locais públicos mas fica evidente as diferenças de comportamento e vestimenta ao caminhar de um ponto a outro. O poeta judeu Shaul Tchernichovsky escreveu uma frase muito interessante sobre isto, não lembro o texto na íntegra mas é algo como “ aqui todos se inter-relacionam, vivem juntos, mas estão separados pelo coração...” 
Ainda assim, vale a visita ao muro das lamentações as igrejas incríveis que estão no monte das oliveiras (Igreja da Virgem Maria, Igreja de todas as Nações, igreja de Maria Madalena e Basílica da Ascensão) e as sinagogas judias na cidade antiga, o único lugar que é vetado a não muçulmanos é a mesquita da Rocha (Dome of the Rock) devidamente policiada pelo exército Israelense.
Israel
Igreja da Virgem Maria

Israel Monte das Oliveiras
Igreja da Virgem Maria
 Após nossa rápida visita a Israel tivemos que voltar a Amman de onde sairia nosso próximo vôo e passamos um perrengue na travessia da ponte Allenby Bridge / King Hussein Bridge
O local não é recomendado para turistas pois fica em Jerichó território palestino e costuma ficar sempre cheio. Os 5 Km entre uma fronteira e outra requer o uso de um ônibus específico e o lado jordaniano não oferece visto na entrada do País. Se você não tiver um visto da Jordânia válido corre o risco de ter que voltar para Israel... O blog The Mad Traveler (clique no nome para acessar o site) descreve claramente as várias opções de travessia entre Israel e Jordânia, vale uma checada.
Tínhamos perguntado sobre a múltipla entrada em território Jordaniano no aeroporto e voltamos a confirmar as regras na travessia da ponte em Aqaba, mas ainda assim ao chegarmos no posto de checagem da Jordânia King Russein, o policial reteve nosso passaporte e depois de liberar todo mundo nos fez pagar 40 JOD por novos vistos.
Sabíamos que não era algo normal já que tínhamos comparado nossos vistos com um casal de franceses durante a travessia e eram exatamente iguais. Ou seja, eles passaram e nós ficamos, tava na cara que estávamos sendo enrolados...
Nessa hora não adianta discutir, é pagar ou voltar a Israel e ficar mais 1 dia por lá já que na sexta e sábado a ponte fecha as 13:00 hrs devido ao Shabat... O mundo não é perfeito meus amigos.
Jordania
Vista Aerea mar Morto lado Jordania
Israel
Mar Morto do lado de Israel
Em Amman, aproveitamos um dia para visitar o mar morto já que não o fizemos do lado israelense.  Boiar nas águas super salgadas deste lugar é algo quase obrigatório e optamos por conhecer a praia reservada em um resort com direito a piscina e trajes de banho normais. A praia publica é uma opção mais barata, mas as mulheres locais utilizam roupas que cobrem dos pés a cabeça e biquíni é algo pouco aconselhável aos visitantes. O passeio pode ser feito em uma manhã ou tarde já que o mar morto fica a menos de 1h de Amman.
No dia seguinte embarcamos a Moscou e tivemos que tirar os casacos da mala pois a previsão é de frio comparado aos 30 e poucos graus do Oriente Médio.

2 comentários:

  1. Obrigada, casal!!! O post ficou ótimo !!! Abraços

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    1. Valeu Carol. Passamos rápido pela cidade, mas aproveitamos o passeio. Abs

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